terça-feira, 17 de junho de 2008

Show

Cordel do Fogo Encantado no Terreiro de Jesus


Texto: Naiana Leone
Fotos: Neto Rodrigues (show), Renata Brasil (Galeria Verger) e Henrique Manreza (Nego Henrique)


- Alô, Nego, tudo bem?
-Tudo. Quem é?
-Nana, amiga de Ana, lá de São Paulo...
-A menina de Salvador?
-Issoooooooooo!
-Pô, tudo bem? Quanto tempo!
-Pois é! Vocês estão aqui em Salvador?
-Estamos. Desde ontem!
-Poxaaaa, nem sabia! Vou escrever sobre o show e queria encontrar vocês!
-Olhe, eu tô indo no Pelourinho daqui a pouco. O pessoal da produção tá montando as coisas lá. Quer me encontrar lá?
-Claro, ótimo! Vamos tomar uma cerveja!
-Ótimo, às 14:00 vou estar no palco esperando!
-Certo. Beijo!
-Beijo!

Às 14:00, logo em frente ao palco, Nego Henrique, percussionista do Cordel, me esperava (foto de Nego). O reencontro foi efusivo, pois havia sete meses desde a última vez que tínhamos nos visto. Festinha do reencontro terminada, fomos para a Cantina da Lua, onde o pessoal da técnica da banda estava almoçando. Sentamos, pedimos uma cerveja e continuamos o papo, que no momento estava na agenda: “Estamos numa correria muito grande. Amanhã vamos pra Aracaju, depois voltamos pra São Paulo, depois vamos pra Recife...”, contava Nego.




Muita conversa e pouca bebida depois – Nego me proibiu de embriagá-lo, já que tocaria mais tarde (hehehehe) –, resolvemos dar uma volta. Fomos ao Museu da Gastronomia Baiana encontrar uma amiga que trabalha lá. Qual não foi a nossa surpresa ao constatar que o museu não expõe comida! Mas a história dos instrumentos, receitas e nomes da culinária da Bahia é interessantíssima! Depois, fomos à Galeria Pierre Verger (foto) e ao Bar do Cravinho. Às 17:40 fomos para a passagem de som. Eu fiquei lá, ao fundo, observando, toda arrepiada. Ao final, nos despedimos e nos desejamos bom show.


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"Seu boiadeiro por aqui choveu/ Choveu que amarrotou/ Foi tanta água que meu boi nadou...”
Às 01:08, com atraso de pouco mais de uma hora, o show começou. A chuva não tirou a empolgação do público, que ocupou todo o Terreiro de Jesus. Aliás, chuva é um elemento que embeleza os shows do Cordel do Fogo Encantado.



Lirinha encantou os que esperaram quase dois anos pelo retorno da banda a Salvador. Mas deixou ainda mais ansiosos os que esperavam por músicas do novo CD da banda, ainda em fase de gravação. Coincidentemente, quando o grupo tocou “Chover”, a chuva havia dado uma trégua.


“Vamos seguir viagem porque nossa vida é feita na estrada”.

Após quase uma hora e meia de apresentação, o encerramento do show começou com a música “Na Estrada”. Sob insistentes pedidos, eles voltaram ao palco. Não para cantar mais uma, como de costume, mas sim quatro músicas, pois, segundo Lirinha “quando é que vamos estar aqui em Salvador de novo com essa noite linda e essa chuva?”. E com coro do poema “Ai se sêsse”, a apresentação foi encerrada sob gritos e aplausos.

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