domingo, 15 de junho de 2008

Museu da Gastronomia Baiana

História de boca
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Texto: Victor Villarpando
Fotos: Renata Brasil
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“A formação social e cultural do Brasil pode ser entendida pelo que se come e pela forma como se come. A boca do brasileiro, desde as suas primeiras relações com a Europa e a África, é enriquecida com sabores de diferentes partes do mundo”. Esta frase, embora perdida no meio do texto de apresentação do Museu da Gastronomia Baiana, é de suma importância, pois ela sintetiza a essência de toda a exposição. Parte importante da história do Brasil pode ser contada através dos itens lá expostos.

Tudo começou com a chegada dos portugueses ao Brasil. Uma cópia do primeiro registro escrito sobre a culinária brasileira – um trecho da carta de Pero Vaz de Caminha, que conta sobre a alimentação dos índios – está lá e não me deixa mentir.



Versinhos e frases da cultura popular são usados para introduzir as histórias da farinha de mandioca e do azeite de dendê.


As famosas comidas sagradas do candomblé, com seus nomes exóticos – efó, amalá, omolocum, ebô – também não poderiam estar fora.


Além das comidas e dos ingredientes em si, estão expostos também os aparatos usados no preparo e na ingestão dos alimentos. Há moringas ,

pilões e funis ,
panelas ,
colheres de pau ,
vidraçaria portuguesa ,
e até uma espécie de concha indígena usada para beber água.


O ambiente é sofisticado, clean e tem ar-condicionado. Os itens estão expostos em estruturas de vidro harmoniosamente dispostas pelo piso de granito, ladeado por pedras brancas. Integram também o espaço, as muralhas de Santa Catarina, que, no século 17, protegiam a cidade.
O Museu da Gastronomia Baiana fica no Largo do Pelourinho e funciona de segunda a sábado, das 11h–19h. A entrada é gratuita.

*Também fazem parte do museu, o restaurante do SENAC e a Loja de Doces & Livros. Mas estes são assuntos para os próximos posts.

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